Por Odilon Caldeira, Andrea DiP, Clarissa Levy e Ricardo Terto
Podcast recebe pesquisador que estuda história do fascismo no Brasil e crescimento da extrema direita no mundo
Houve um tempo em que demonstrações de simpatia por símbolos fascistas era algo restrito ao submundo envergonhado de pequenos eventos de neonazistas e neofascistas. Agora, vivemos um momento que acende alertas sobre a presença e organização desses grupos nas redes, na política, na cultura e nas instituições de forma cada vez mais explícita – dentro e fora do Brasil.
Foram inúmeros casos de demonstrações neofascistas no Brasil dos últimos anos, alguns inclusive dentro da estrutura pública, como quando um secretário de Cultura de Bolsonaro colocou em rede nacional um vídeo em que emula o discurso e a estética do Joseph Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha Nazista.
Na conta das referências diretas, também entraram recentemente imagens de pessoas carregando suásticas; pixações em escolas e universidades, manifestantes golpistas em Santa Catarina fazendo saudações nazistas enquanto pediam intervenção militar, entre tantas outras. Para questionar sobre a simbiose desses grupos com movimentos de extrema-direita e o bolsonarismo, o Pauta recebe o historiador Odilon Caldeira professor do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que desenvolve, há anos, pesquisas com foco no neofascismo.
Odilon Caldeira é Professor Adjunto de História Contemporânea e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Editor da Locus: Revista de História (UFJF). Coordenador do Observatório da Extrema Direita (oedbrasil.com.br – CNPq/UFJF). Doutor em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com estágio doutoral no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-Ulisboa). Realizou estágio de pós-doutorado na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Coordenador do Laboratório de História Política e Social (LAHPS-UFJF). Pesquisador Associado do Grupo de Trabajo “Derechas contemporáneas: dictaduras y democracias” (CLACSO), membro da Rede Conexões Lusófonas: ditaduras e democracias em português. Membro do Comitê Executivo da Rede Direitas, História e Memória. Tem experiência na área de História Contemporânea e História do Tempo Presente, atuando principalmente nos seguintes temas de pesquisa: História Política, Neofascismos, Direitas Radicais e processos transnacionais da extrema direita. Possui interesse também nos campos da História Digital e História Pública. Contato: [email protected] | http://odiloncaldeiraneto.academia.edu
Andrea Dip é diretora, editora e repórter na Agência Pública de Jornalismo Investigativo. Trabalha como jornalista com foco em direitos humanos desde 2001 e desde então recebeu 13 prêmios de jornalismo. Em 2018, publicou seu primeiro livro “Em nome de quem? A bancada evangélica e seu projeto de poder”. Mantém coluna semanal no UOL e pesquisa gênero, política e avanço do fundamentalismo religioso na América Latina. É membra-fundadora da rede Unidas entre mulheres da América Latina, Caribe e Alemanha. e fellow editor Cosecha Roja 2018 em Narrativa, Gênero, Violência e Juventude.
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Clarissa Levy é repórter investigativa multimídia. Na Agência Pública, também faz o podcast Amazônia Sem Lei e apresenta a série Pauta Pública. Formada pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2020, fez intercâmbio na Escola Superior de Economia na Rússia. Foi fellow do programa de jornalismo em saúde mental do Carter Center (EUA) entre 2020 e 2022. @clalevy_
Ricardo Terto é roteirista, escritor e editor de áudio. Mora em São Paulo e é autor de dois livros, Marmitas Frias (2017, ed. Lamparina Luminosa – crônicas ) e Os Dias Antes de Nenhum (2019, ed. Patuá – contos).
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@terto_ricardo
Esse conteúdo é original da Pública, Agencia da Jornalismo Investigativo.
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